quinta-feira, 12 de julho de 2012

Perigos da vaidade excessiva
 
* Entrevista com Dra Olga Inês Tessari

*o texto está registrado de acordo com a Lei de Direitos Autorais
 
Publicada na Folha da Bahia
17/10/2009
 
Quando a vaidade se torna mais que um pecado capital e passa a prejudicar a saúde da mulher
 
Em 2008, mais de 600 mil cirurgias plásticas foram realizadas no Brasil. A célebre frase de Vinícius de Morais: “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental” é uma das ideias que causam suas influências na mentalidade feminina no que se diz respeito à vaidade. Se a aparência não estiver perfeita sobre os padrões estabelecidos pela maioria, então há algo de muito errado que precisa ser corrigido.
Partindo desta premissa ilusória, milhares de mulheres buscam todos os anos os consultórios de cirurgiões plásticos. Em 2008, foram 629 mil cirurgias, dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, sendo a maior parte de cirurgias estéticas.
Não há nada demais quando se quer diminuir um “pneuzinho” ou quando o desejo é fazer uma blefaroplastia (cirurgia plástica nas pálpebras). O preocupante é quando essa necessidade intensa de modificar o próprio corpo se torna uma obsessão, ou seja, quando se torna um distúrbio psíquico denominado Transtorno da Imagem Corporal.
Além das cirurgias plásticas, alisamento progressivo dos cabelos, bronzeamento artificial e horas em academia são procedimentos mais aclamados pelo público das mais vaidosas. As consequências para o excesso dessas ações podem ser desastrosas.
A paulista Ariane Rodrigues, 23 anos, sonhava em ter cabelos lisos e se livrar para sempre da chapinha e do secador. Submeteu-se num salão de beleza a uma escova progressiva com formol, um produto perigoso, apostando que voltaria para casa com fios brilhantes e resistentes.
Resultado: gânglios inflamados durante quatro dias. Dores fortes de cabeça, náuseas e feridas no couro cabeludo. Ariane teve de ser internada e ficou em observação durante seis horas. Precisou tomar remédios durante 20 dias e as madeixas lisas só duraram duas semanas. A estudante ainda perdeu 50% do volume do cabelo. Os fios partiram-se e ficaram desbotados.”
A psicóloga Olga Tessari, que atua em São Paulo, debate em seu site oficial www.ajuademocional.com sobre o excesso da vaidade e cita casos que assombram. Há o caso de uma nutricionista que, ao atenuar a linha de expressão ao redor dos lábios, sofreu problemas com o Meta Crill, produto usado para o preenchimento. “Ele se deslocou do local aplicado e formou dois nódulos nos lados direito e esquerdo dos lábios. Anos depois, surgiu uma inflamação terrível. Há mais de um ano, ela toma anti-inflamatórios e já passou por uma cirurgia para a retirada de um abscesso”, explica Olga Tessari.
A necessidade constante de se ver melhor diante do espelho faz com que adolescentes de São Paulo gastem uma fortuna com roupas de grifes. “O que estimula é a aparência”, afirma a psicóloga. “O adolescente é muito influenciável. Submete-se a cada situação por achar que nada vai lhe acontecer. Não mede consequências.” Olga Tessari lembra ainda que a maioria das mulheres passa pelo processo da depilação com cera mesmo sabendo as dores que vai enfrentar.
Ser vaidoso não é um erro. O excesso de vaidade é que pode prejudicar a qualidade de vida de quem entra erroneamente na paranóia de estar sempre “perfeito”. Como o caso da socialite norte-americana Jocelyn Wildenstein, que teria gasto 2 milhões de libras, o equivalente a R$ 6 milhões, com cirurgias plásticas. Jocelyn deformou o próprio rosto e tornou-se uma aberração.
Para piorar a situação dos aficcionados por plásticas, levantamento do Conselho Regional de Medicina de São Paulo mostra que, dos médicos que cometeram erros nas cirurgias e que foram processados, apenas 6% eram especialistas.
“É um mito social. Por exemplo, a jovem pensa: para eu ser bem aceita, preciso de roupas caras, 'estilosas', corpo igual aos das atrizes de televisão. Ela precisa entender que não há necessidade de seguir os ditames da moda para ser feliz. Cada uma precisa se aceitar como é e não se deve seguir um padrão”, diz Olga Tessari. “Quantas meninas não se depreciam ao se vestir com roupas decotadas e quantas não possuem dinheiro para manter toda essa vaidade. É preciso se aceitar. Ter auto-estima. Aprender a lidar consigo mesma.”
  

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Dra Olga Inês Tessari

Autora do livro "Dirija a sua vida sem medo"
Escritora - Palestrante - Pesquisadora – Supervisora – Consultora

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